Nessa tarde cinza, de tanta chuva, temperatura amena e corpo a corpo com a escrita, uma leitura me inquietou a alma. Irmãs muitas sofrem sofrimento que nem tinha conhecimento que existia igual, lá do outro lado, no continente em que parte do povo que habita esta minha terra veio. E com um nó, pergunto-me se podemos deixar seres humanos amargar a selvageria até a última gota de sangue? E pergunto-me com que mãos podemos mudar o outro, se não aplacamos nossas misérias próprias.
Deus meu é tempo de mudanças, respiro isso em toda parte. Tenho medo. Mas também, agora, com um choro seco, penso que minha fé é a única coisa que tenho. E já que não tenho mãos para mudar o mundo. Que eu trabalhe pelo seu bem. E respire as mudanças que acredito.
Para além das minhas sentimentalidades e poesia ruim. Um lugar de compartilhamento de percepções, em prosa clara – em tentativa. Crônicas e comentários sobre esse meu lugar de fala de mulher negra, feminista, artista, cínica e aguda. Quero fazer aqui pontuações sobre observações extraídas do cotidiano. Com ou sem poesia. Mas nada impede, que em paralelo, a Mônica sentimentalista, que escreve sobre seu umbigo dolorido, se manifeste na lírica. Convivemos todas.
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