A cor dava vida revolvida líquida. E grata, desperta, sorria contente: fora pessimista, mas ainda era macia e nada abandonará. Nada nada, tudo estava ali. Esperando apenas a coragem de ser mais que mente. Corpo risonho na potência de seus orifícios. Ser mais que mente: ser corpo em gargalhada, cabeça para trás, trêmulo na alegria de se saber colorido. A cor dei.
Para além das minhas sentimentalidades e poesia ruim. Um lugar de compartilhamento de percepções, em prosa clara – em tentativa. Crônicas e comentários sobre esse meu lugar de fala de mulher negra, feminista, artista, cínica e aguda. Quero fazer aqui pontuações sobre observações extraídas do cotidiano. Com ou sem poesia. Mas nada impede, que em paralelo, a Mônica sentimentalista, que escreve sobre seu umbigo dolorido, se manifeste na lírica. Convivemos todas.
domingo, 25 de maio de 2014
Despertamento
E coberta por suores d'outrem, alguém desperta. E reconhece: sou. Toda carne que se treme por debaixo deles é. Unidos: mente, corpo, alma e aquilo que se afirma gênero. E ri da subserviência que traveste no ambiente do quarto. Ri grata pelo despertar das últimas manhãs: algumas horas mais tarde, sob o vento e o sol fervente das 11 horas.
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