Para além das minhas sentimentalidades e poesia ruim. Um lugar de compartilhamento de percepções, em prosa clara – em tentativa. Crônicas e comentários sobre esse meu lugar de fala de mulher negra, feminista, artista, cínica e aguda. Quero fazer aqui pontuações sobre observações extraídas do cotidiano. Com ou sem poesia. Mas nada impede, que em paralelo, a Mônica sentimentalista, que escreve sobre seu umbigo dolorido, se manifeste na lírica. Convivemos todas.
domingo, 2 de dezembro de 2012
As horas
Há o tempo as horas desajeitadas. De um vazio estranho e não se saber direito o que viver. Paro, pego uma xícara de chá e espero: as horas. Só sorvê-las. Movendo pouco. Quando as horas são puro açoite, puro algoz, é bom vê-las passando preguiçosas. Pensando o mínimo possível, respondendo apenas as demandas da sede, fome, suspiro. E nesses momentos aquilo que não é preenchido emerge, ora dói um pouco, ora não se faz sentir, só um sorriso. E pelo menos por algumas poucas horas permito a graça de nada fazer, nada querer, nada ser útil.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário