Para além das minhas sentimentalidades e poesia ruim. Um lugar de compartilhamento de percepções, em prosa clara – em tentativa. Crônicas e comentários sobre esse meu lugar de fala de mulher negra, feminista, artista, cínica e aguda. Quero fazer aqui pontuações sobre observações extraídas do cotidiano. Com ou sem poesia. Mas nada impede, que em paralelo, a Mônica sentimentalista, que escreve sobre seu umbigo dolorido, se manifeste na lírica. Convivemos todas.
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Parágrafo Final
Tenho o dom de provocar fins. Mais um enuncia no fim da página. Já escrevo para lembrar: devo esquecê-lo. Das obrigações da vida: apagar mentalmente quem nos ignora previamente. Sou muito boa em ser ignorada. Crio situações para falar sozinha. Receber costas viradas. Portas batidas, palavras não ditas. Sou mestre em apegar-me a quem me presenteia com silêncios diante de minhas perguntas. Mais um fim construí. Agora apago mensagens, números, fotos trocadas, expectativas construídas. Desejo que esteja enganada, mas não me engano com fins. Esse chegou e já anoto na agenda: devo esquecê-lo. Não sou boa nisso, mas escrevendo dez vezes, cumprirei essa tarefa: gosto desse rapaz e devo esquecê-lo. Mais um fim se anuncia. E o telefone não vai tocar. Fim.
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..."Quando me vi tendo de viver
ResponderExcluirComigo apenas e com o mundo
Você me veio como um sonho bom
E me assustei
Não sou perfeito
Eu não esqueço
A riqueza que nós temos
Ninguém consegue perceber
E de pensar nisso tudo
Eu, homem feito
Tive medo e não consegui dormir..."
Eu costumo dizer que a gente não sabe NADA da vida. A gente acha que sabe, mas não sabemos, não. Quem sabe esse fim não é o começo de uma coisa nova, melhor, fresca e incrível? A gente nunca sabe. E se não for o fim? O que vc é hoje? O que essa experiência agregou? O que vc tem dele hoje em você? Apeguemo-nos aos sentimentos e não às pessoas. Me incluo nessa também. Aproveitemos.
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