domingo, 13 de julho de 2014

Quando uma alma reconhece outra

Pensei que tinha endurecido. Mas não. Não endureci. Não fiquei amarga. Tenho umas marcas, uns medos paralisantes. Penso sempre que não vai dar, que não vai ser, que a pessoa não estará lá. Penso toda sorte de coisas sórdidas, alimentando de fato uma pouca crença. Mas você me apareceu como a esperança sorrindo: não deixei e acreditar em nada. Sou ainda sonhadora, romântica e boba. Diante do seu sorriso, ainda de menino, perco 20 anos e volto aos 15, quando eu já era descrente. 
E não sei. E as lágrimas são tantas, mas não é dor. É um contentamento que não se contenta em sorriso: por isso, choro. Não sabia que podia ainda me encantar. Não sabia que podia ser aquela moça que sorri de doçura. Você me devolveu esse direito de sentir as pernas tremulas. De dormir suspirando. De sonhar com coisas que me pareciam improváveis. 
E o futuro é só incerteza. Mas esse instante é tanta alegria. É tanto reconhecimento de uma alma paga outra... Enfim, enamorada. 

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