Para além das minhas sentimentalidades e poesia ruim. Um lugar de compartilhamento de percepções, em prosa clara – em tentativa. Crônicas e comentários sobre esse meu lugar de fala de mulher negra, feminista, artista, cínica e aguda. Quero fazer aqui pontuações sobre observações extraídas do cotidiano. Com ou sem poesia. Mas nada impede, que em paralelo, a Mônica sentimentalista, que escreve sobre seu umbigo dolorido, se manifeste na lírica. Convivemos todas.
domingo, 22 de junho de 2014
Ponta de lança
Nem miraram lança em meu peito e já choro de soluçar as memórias da vida toda e seus cortes. Já soluço todos os nãos que fizeram o traçado de minhas mãos. Soluço de estremecer até embalar meu sono. Soluço até me cortar e efetivamente ter uma dor na carne. Até a ameaça da lança ser o suficiente para que tudo em meu rosto seja lágrima.
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