terça-feira, 19 de junho de 2012

O manjericão

Esparramado na terrinha rompeu o tempo e a minha ansiedade - que deu água demais a todas as plantas, veja bem água demais. Ele nasceu ao tempo dele, sem minha mão, sem meu olhar vigilante e as perguntas incessantes: você não vai nascer não? Ele nasceu o manjericão. E está gostoso e vistoso. E fingo que ele não está ali. Por que não quero indagar-lhe nada. Quero que viva. Quero que sirva. E quero sorve-lo com tomates. No seu tempo, sem minha pressa.

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