Para além das minhas sentimentalidades e poesia ruim. Um lugar de compartilhamento de percepções, em prosa clara – em tentativa. Crônicas e comentários sobre esse meu lugar de fala de mulher negra, feminista, artista, cínica e aguda. Quero fazer aqui pontuações sobre observações extraídas do cotidiano. Com ou sem poesia. Mas nada impede, que em paralelo, a Mônica sentimentalista, que escreve sobre seu umbigo dolorido, se manifeste na lírica. Convivemos todas.
terça-feira, 19 de junho de 2012
O Senhor
Enxergar a velhice de um senhor que devia por obrigação ter afeto, mas nunca o tive, porque nunca o teve, fez me ver, que a despeito do que sempre propaguei a esses ventos todos: nunca amei homem nesta vida. E assustada pela constatação que fez quebrar quatro copos e rasgar todos os textos de amor que escrevi no passado, consinto: nunca amei nessa vida. Desejei, muito. Os homens. O pai que não tive. Mas amar. Nenhum. Não me foi possível ter afeto desamarrado por homem. Espero de mãos dadas com alguém dar esse passo. E senhor, desejo-lhe saúde e a casa cercada pelo afeto de seus netos, que são bonitos.
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