terça-feira, 27 de janeiro de 2015

[poemas] Lápis Pelourinho

Meu lápis ficou escravo
Da presença deste homem
Cujo rosto em verso gravo
Cujo corpo rogo: amém!

Meu lápis é um cativo
De minhas memórias líquidas
Dos lampejos de sua beleza
Dos ruídos que ainda cultivo

De solidão, lápis gemeu
De lembrança, lápis riu
De gozo, lápis chorou

Ausência tornou-lhe mudo
Versos fracos, brancos, surdos

Palavras do amor liberto

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